24/08/2013



Boy magia negra nenhuma imaginou o que passava na cabeça de Berenice Azambuja não fossem os grandes lábios postiços que encomendara do hospital onde a fatídica vacina aplicada fora. em seu bumbum de ex-panicat sentia os dedos de Pacheca percorrendo cada centímetro das estrias e deu um pum:

- preciso cheirar um cu em cima de uma motocross conversível.

Em cima da cama do motel espelunca da boca do lixo, legal teu gosto musical. lambe o cu sem verrugas e deixa a seringa cair no chão. "vaginas carameladas ao molho rum": preparou a trilha especialmente para Jurema, mas calhou fora dos trilhos: oh... oh... oh.... oooóAaarrghhhy.

- não tenho dinheiros para as condução.

20/08/2013

sugestã ambiental para ler o texto a seguir: creolina

hoje acordei cerca de 11h da mañana. botei celular pra despertar ao meio dia – horário de tomar minha finasterida (este método que resolvi adotar há uns 3 anos não vem se mostrando eficiente. meu cabelo continua caindo pacas. meu sonho de ficar cabeludo meio metaleiro talvez se concretize apenas numa próxima encarnação, se é que não vou para outra parte do multiverso, onde não se faça a mínima ideia do que é cabelo nem do que é ideia nem do que é.)

fui na millward brown para pegar novo trabalho, mas o script ainda não estava pronto.
Alessandra Marquezinni disse-me ter 42 anos, fiquei pasmo. Seus culotes de italiana não desmentem crescente desejo de introduzir meu pau numa vagina laica.

faltam apenas algumas horas para eu bater ponto nas boca de rango. Sim: Soraya precisa fazer carteirinha de lôca. Irei conduzi-la. Na verdade tentarei convencê-la de que precisa do benefício, assim como eu preciso voltar a bater ponto com a sertralina? I don’t know. Meu método cognitivo, destruído, reabilitar-se-á antes de novembro? Sim, vou escrever teu nome aqui, pra tu ler, cara-de-cu-de-defunto-psicopata-do-inferno.

13/05/2013

cocomancia

já a saúde das fezes não é a mesma...

05/04/2013

velhice

Gostaria de deixar aqui registrada minha impressão a respeito da passagem pelos 30. Em fevereiro deixei de ser jovem (Vinte e noVe) e fiquei véio, trincado (TRinTa). Janeiro foi foda, tava na seguinte encruza: ou fico, ou parto. Decidi partir pra tentar voltar a viver a MINHA vida, ou seja, já estava cansado de viver a vida dos outros. Já se passou quase um mês e sim, posso fazer a afirmação de que estou tendo uma boa velhice. Sim, decidi voltar ao inferno, a partir do mesmo círculo onde parei e morri, em 2010. Morri pela segunda vez pra poder fazer a seguinte afirmação: uma vez lúmpem, pra sempre lúmpem. Sim.

Soraya, Penelope, Kleos: não. Desembarquei frente aos índios e chorei, ainda sonhando dentro da névoa criada pelos 20's. Dos velhos amigos, após reencontro, posso afirmar que preciso de novos amigos. Me sinto sozinho, mas me sinto no controle. 2012 acabou e o mundo continuou, pra minha frustração. Em janeiro eu ainda tinha uma terceira alternativa, ao modo dos poetas, mas preferi decidir meu destino entre os vivos - por "vivos" entenda-se "aqueles em busca da terceira morte". Minha nova chefa falou dum cara que morreu num acidente de moto, aludindo ao meu futuro, assim como uma ex-namorada que sonhou estar contando pros seus filhos Esse cara podia ser o pai de vocês. Portanto se eu vir a morrer num acidente desse naipe fica aqui registrado Eu já sabia Pra que ninguém saiba.

Todo dia meu pau fica duro, meu cocô sai durinho. Meus 20's, judiados pelas terríveis 1° e 2° mortes, aprenderam a deixar os seguintes vícios: café preto; falar sozinho; fazer performances públicas do pajé na cidade grande; corcunda; carboidratos; poesia; política; teatro; não atravessar encruzas na diagonal; desenhar estrelas como minha mãe; acenar e sorrir para o nada; acreditar em sincronias macabras (quando  tenho estalos de compreensão aqui dentro, lá fora passa rápido o barulho do motor da moto); fazer listas; acreditar que isso é um testamento; ser romântico; ser; sim: deixo pra trás improvável ex-sogra que fez macumba pros 20's. Quando ela revelar essa maldade (que destruiu minha vida emocional) pros seus filhos, talvez eles, como vetores do feitiço, possam entender por que os bloqueei no facebook e é claro's na vida real.

Tenho vontade de viver.

Essa morte não é nem nunca foi minha.

31/01/2013

recuperação em artes

A Matusalém diziam não saber pra onde olhava ao xingar o ar. Nem a patrulha do politicamente correto era zarolha, reprovou desenho da prostituta sutil. Não era homenagem ao dia do trabalho. Mortícia quase se mijava de tanto rir:

- você sabe o que é melhor pra mim?
- qual encruzilhada?

Cansada de teorias étnicas, uma impossível sogra mal sabe que a polícia continua no seu pé. Fui até a esquina com a São João pra ver se algo acontecia no meu coração, mas eu não sou responsável pelo que eu sou responsável:

- eu vou te deletar!
- eu vou te bloquear!
- eu vou te denunciar!

Finalmente descobri por que eu vivo sonhando que não acabei ensino médio: tinha aulas de educação física nas manhãs de sábado. Da minha turma eu era talvez o único que comparecia em algumas aulas, mas com o tempo deixei de ir. Diziam que era obrigatório, e eu me preocupava com as faltas. No fim das contas me formei, assim como a maioria dos meus colegas (através das minhas colas).

28/01/2013

vida's

continuamos dançando
gozando
na maior sinfonia

continuamos amando
vamos!
Caronte, São Pedro!

o que significa pra mim?
continuamos tocando
palmas na cripta, vida

continuamos dançando
nas cinzas
de amor e alegria

aqui do camarote
humanos!
já pagamos, pagãos!

em nossos ovos de mirra
continuamos brilhando
palcos de línguas, vidas

24/01/2013

tuc's











 gostaria de comunicar que 50% de mim é feito disso.

01/01/2013

encontru's

Não só cacófatos de plantão diziam ser uma noite favorável para dar fim à solidão.
Quando Genivaldo abstraía elementos de novo pesadelo as luzes brilhavam distantes e o chopp escuro era servido na boite, porém dessa vez sua arte não estava fora de contexto, e como bom apreciador da vida ele sabia que certas desculpas esfarrapadas para dar vazão à construção de castelos interpessoais nem sempre ficam registradas na história das grandes obras.

O último casal sobe escadas. Ele saca cartão de crédito ao som de “vermilion part II”, do Slipknot, tentando controlar respiração com exercícios que aprendeu no seu tempinho de aulas de clown. A fúria dos sentimentos é tão intensa que o faz tropeçar a cada passo que dá em direção ao balcão.

Balançando cabeleira loura para exalar seu doce chulé capilar --e já por dentro do que iria acontecer-- Judite apenas espera materialização dos desejos. Quando fala o valor da conta seus cruentos olhos traduzem indisfarçável aspecto da quadratura de Urano com Netuno; o índice da bolsa de valores mantém-se em alta; seguranças não estão dando close. Ela sente uma primeira gota quente libertar-se de sua flora vaginal fria. Muitas bucetas murcharam de vez desde o movimento concretista, e Judite bem sabia que o desmaranhamento de seu campo amoroso estava por vir ao devolver o cartão. Seus olhos encontram os de Genivaldo e, num golpe de mestra, ela interrompe caminho de choque nascido na palma da mão trabalhadora dele, que queria fazê-la gemer. Nos dedos bem cuidados de manicure doméstica ela tenta não estragar transferência: qualquer artificialidade iria arruinar aquele eletrizante roçar de pele. Com sua aura sob controle, na previsão de encaixe seguro, ela deixa a cara melhorar assim que o encosto militar de Genivaldo se deixa acreditar na agenda oculta dela, testando ideias de poder parar no tempo novamente, em maravilhosa operação: ele sorri. O rosto de Judite é de uma indescritível beatificação, que quase a faz desmaiar. Genivaldo diz que é do tipo que não gosta de falar sem encarar a pessoa de frente, e ela, enlevada, anui.
.
Demais funcionários se retiram, globo de espelhos aquieta-se. Luzes apagam-se, cortinas de ferro descem. Os dois saem de um esconderijo improvisado.
Já encharcada de tanto júbilo, a buceta de Judite molha até contornos da calcinha de seda amarela, mas seus olhos insistem numa derradeira visão global, pois esse finalmente é o momento certo, e ela relaxa os músculos das costas. Genivaldo abre porta dos fundos. Os dois sobem escadas, entram na suíte master, se sentam em silêncio estoico. Cerca de 5 minutos depois Judite liga o rádio: toca “changes”, do Black Sabbath.

- Eu me lembro de muita coisa com essa música.

Genivaldo vira a cabeça:

- Eu também. Quantos anos você tem?
- Não te interessa. De quem vai ser o primeiro passo?
- Será que não seria melhor a gente se conhecer melhor?
- Ai para tudo, para tudo.

Judite levanta e escolhe uma estação que toca Calypso:

- Será que a lua me traiu?
- Acho que ela não é de fazer isso não, mina.
- Você ainda não sabe o que quer, não é?
- Eu quero me matar.
- Eu também.
- Mas... então?
- Minha conta de luz tá atrasada.
- O problema é seu.
- Faz um cafuné na minha cabeça.

O ritual iniciático ocorre: Genivaldo afaga com as grandes mãos (de veias saltadas e dedos calosos) a cabeleira loura e sedosa.

- Ai gatinho.
- Muito legal o corte do teu cabelo.
- Hahahahahahaha bobinho...

Mais relaxada, ela acaricia o relevo do pau (vestido) dele, que coloca sua cabeça de encontro ao peito musculoso, tatuado e com poucos pelos.
Logo ele acende um beck. Judite contesta:

- Ah não, truta, logo agora que eu tô começando a te bolinar?
- Hehehehehe...
- Não sabia que você precisava duma brisa pra sentir tesão.
- Cala a boca que eu sei o que eu tô fazêindo.

Ela percorre a mão no peito dele e solta um peido silencioso. Genivaldo prensa e ordena:

- Pega a faca.
- Pra quê?
- Tá certo... Se a senhora prefere as coisas à maneira romântica eu respeito seu método e vou tentar conciliá-lo ao meu em busca do nosso superobjetivo.
- Você é tão inteligente.
.
Judite dá beijinho por cima da tora, já em brasa, de Genivaldo, depois tira roupa e fica só de calcinha e sutiã. Ele fica só de cueca. Mas de repente pânico pânico pânico:

- Calma Judite é só um trovão.
- Ai que suxto meu amorrr.

Ela se levanta e abre janela:
.
- Não pode não pode não pode não pode não pode não pode não pode não pode ser: com essa chuva não consigo ver a lua, muito menos senti-la, porra...
- Deixa a lua pra lá, vamos acabar logo com isso.
- Não: sou uma dama fina e emotiva, a lua guia o fluxo da minha vida, guia o fluxo da mãe natureza e de todos os seres viventes que acreditam na força do Ser Superior. O mundo nunca mais seria o mesmo se a lua fosse vendida para o exterior galáctico, imagina, rsrs, que horror, melhor nem pensar nisso. Vem por cima.

Ela o recebe.

- Gostosa.
- Cale-se. Não está vendo que você está me magoando?
- Chupa minha pica.
- Ainda não, gatinho. Preciso ir ao toalete, com licença.

Judite retoca a maquigem. Assim que a descarga leva chuva dourada às entranhas da cidade um novo barulho de trovão a desperta, e ela volta à cama com seu carão de olhos muy arregalados:

- Se lembra daquela vez que a gente foi na casa da Gerusa?
- Cê é meio psico né? De onde tirou essa estória? É a primeira vez que a gente conversa.
- Ai você não sabe brincar.
- Vamos transar?
- Tudo bem gatinho, mas antes quero te beijar.

Judite sente de novo o valor da palavra “agora”...

Iluminação é propícia, ela coloca tapa-ouvidos para completar osmose espiritual do beijo da vida...

.Enfim corporificada, a manicure pode dizer a Genivaldo que acha terrivelmente parcial o lugar onde trabalha e pelo menos em pensamento quer voltar a morar nas margens do rio Jequitinhonha.
Há mais de 10 anos trabalhando na boite Encontru's, já sabia quem prestava e quem não valia nada. A demissão se justificaria bem com os cerca de U$ 300.000.00 que arrecadou para investir no setor de cosméticos. Queria ter sua marca famosa para a posteridade da indústria de esmaltes, já tinha tudo planejado. Sempre odiou feitiçaria, mas fez promessa à Nossa Senhora dos Suspiros para conseguir um grande amor que a desse segurança e paz de espírito

Para decolar firme e tranquilo, Genivaldo não pensava apenas na carreira de sua fé em Deus. Confiava nas coisas simples da vida, admirando princípios do gueto. Até tinha seus desejos, mas não era nada espetacular: estava de dieta e mantinha rigorosa rotina de alongamentos muy particulares.

Judite, com seios fartos e bunda ainda firme, regozija secretamente o poder. Sua buceta refocila-se na situação. Ela retira tapa-ouvidos para total entrega ao amor que será suficiente para gerar condições subjetivas necessárias, e desencadear processo generalizado que há muito queria, desesperadamente, adesivar na pele semisseca.
A pele úmida e macia de Genivaldo é o berço perfeito.



E os dois viveram felizes para sempre...